Embarcar num desafio de cabeça, mãos vazias e coração cheio, foi o que me propus neste mês que acabou de passar.

Não é fácil sair de toda uma aprendizagem técnica e encarar um mundo totalmente desconhecido, reconhecer que se é um autentico leigo, inculto e ignorante numa matéria incógnita e completamente fora do meu eu. Mas aqui estou eu pronta para aprender, absorver e embeber novos conceitos, novas artes, novos métodos, novas formas de pensar e agir, mudar rotinas, formas de trabalhar e tantas outras coisas.

Não sei no que vai dar, nem o que vou conseguir. Mas isso pouco importa agora. O importante é seguir em frente, tentar e ver no que dá.

O primeiro desfio que me foi proposto foi duro, encontrar um assunto, motivo, palavra, qualquer coisa por onde começar a desenvolver um projecto meu de fotografia. Matei a minha cabeça, pesquisei, vi, li, pensei, fui buscar influências, baralhei-me toda, e... Acabei com um projecto na minha mente. logo a seguir o segundo desfio, fotografa-lo.

Assim a intenção deste trabalho está na paz, tranquilidade e equilíbrio reencontrados, depois de alguns períodos conturbados da minha vida, que por um a lado faz uma ponte com o meu passado mais longínquo, vivido em terras do Algarve onde o mar, as grandes extensões de areia e a natureza eram o meu habitat natural e me causam ainda a sensação de proteção familiar e por outro põe a nu o meu presente, onde me despi da minha manta tricotada pela vida deixando tão só o que é essencial, o meu eu na incessante procura do sentido da vida. O meu sexto sentido.

Mal começado e longe de estar acabado, aqui vão as primeira imagens. Estão lançados os dados e agora... é continuar.

Dunas da Crismina, em Cascais. O mar, a areia e o céu.